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UFPB e IFPB desenvolvem respirador de baixo custo

publicado: 30/04/2020 13h19, última modificação: 30/04/2020 13h19

Um respirador portátil, de baixo custo, adaptado para emergências durante socorro de pacientes de Covid-19 com falta de ar foi desenvolvido em uma pesquisa feita em parceria entre Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e Instituto Federal da Paraíba (IFPB). O custo de fabricação do protótipo foi de cerca de R$ 800 e a versão final do aparelho, em material de melhor qualidade, deve ter um valor estimado entre R$ 4 mil e R$ 5 mil.

Segundo pesquisadores dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica e Elétrica o respirador pulmonar portátil foi feito com base um modelo espanhol, o aparelho Oxygen da empresa Protofy.xyz, que já obteve licenciamento das autoridades espanholas de para realização de testes clínicos em pacientes. Para o pesquisador Abel Lima Filho, coordenador do programa de Pós-Graduação de Engenharia Mecânica da UFPB, a liberação espanhola pode facilitar a regularização do equipamento no Brasil.

O aparelho serve não somente para atendimento de casos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2), mas também para ocorrências de afogamentos, asfixia por substância tóxica ou infarto. O respirador utiliza motor elétrico para fazer a automatização do processo de inflar o ambu ou reanimador manual, enviando ar enriquecido de oxigênio ou ar comprimido para o pulmão de pacientes

“Em casos graves, quando não tem respirador no hospital, utiliza-se esse equipamento para trabalhar por no máximo um dia. Ele pode ser utilizado na ambulância para fazer o transporte de paciente com dificuldade de respiração. Não é recomendado que o equipamento fique muito tempo com o paciente”, diz Abel Lima Filho.

A pretensão dos pesquisadores é fazer o equipamento em versão industrial, substituindo as peças em acrílico por partes metálicas e outras de nylon com sensores. “Ele foi feito inicialmente de acrílico, um material frágil para ser utilizado em hospitais”, comentou o pesquisador.

Assim que a Oxygen obtiver o registro na Espanha, a UFPB vai requerê-lo à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “A gente só vai precisar fazer teste clínico aqui com esse produto se ele não tiver sido concluído na Espanha. Se ele tiver sido concluído na Espanha, poderemos utilizar os resultados e anexá-los junto à Anvisa”, esclarece Abel Lima Filho.

O desenvolvimento do projeto na UFPB também teve a participação dos pesquisadores Francisco Belo, Marcelo Rodrigues e Rodinei Gomes. Eles contam com a ajuda de um grupo de pesquisa com mais de 20 integrantes. O protótipo recebeu auxílio técnico e financeiro do Instituto Alpargatas.

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