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Teatro Santa Roza completa 130 anos neste domingo

O segundo teatro mais antigo da Paraíba e o quinto mais antigo do Brasil, o Theatro Santa Roza completa 130 anos no domingo (3), e tem programação comemorativa já nesta sexta (01) com Show da Banda Berra Boi. Os músicos sobem ao palco a partir das 20h e a entrada é franca. O teatro está localizado na praça Pedro Américo.
Palco de importantes acontecimentos artísticos e históricos da Paraíba, como a assembleia que concebeu a bandeira do Estado; a sessão da Assembléia Legislativa que mudou o nome da capital estadual de Paraíba para João Pessoa em homenagem ao então presidente assassinado em 26 de julho de 1930; e ainda funcionou como cine-teatro no período de 1911-1941.
Revestido internamente de madeira, tipo “Pinho de Riga” o Santa Roza foi inaugurado em 3 de novembro de 1889 e recebeu o sobrenome do então presidente da Paraíba Francisco da Gama Roza, às vésperas de perder o mandato, já que doze dias depois seria proclamada a República.
Após a Proclamação da República, o primeiro governante republicano, Venâncio Neiva, chegou a mudar o nome do teatro para "Teatro do Estado", mas este ato foi revogado. Já o presidente João Pessoa, candidato a vice-presidência na época, queria mudar a localização do teatro, pois considerava ali ser uma área já marginalizada. O governador foi assassinado antes de pôr em prática seu plano.
Em quase 130 anos, o teatro já passou por várias reformas, mas nenhuma alterou o seu estilo arquitetônico (greco-romano). O Santa Roza possui 412 lugares e sua última grande reforma foi datada de 1989, ano do seu centenário. Atualmente, pertence ao Governo do Estado e está diretamente vinculado à Fundação Espaço Cultural da Paraíba. Nesse espaço histórico acontece apresentações de grupos musicais, teatrais, de dança, entre outros espetáculos e cerimônias.
A banda Berra Boi, convidada para as comemorações de aniversário do teatro, é um trio instrumental resultante da junção entre Lucas Dan (Sanfona, Sintetizador),Chico Correa (drum machine, sampler e guitarra) e João Cassiano Silva (percussões). Busca sonoridades urbanas e nativas da América Latina e da África, passeando por beats de Funana, Ragga, Dub, Cúmbia e Baião. O resultado é uma música dançante, que bebe de diversos estilos festivos.