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Rádio Tabajara homenageia Antonio Barros, a carreira ao lado de Ceceu e o legado para a música brasileira

A programação da Rádio Tabajara voltou sua atenção nesta segunda-feira, 07, para homenagear Antonio Barros, com destaque para momentos em que o artista paraibano passou pelos microfones da emissora. Com trechos de programas especiais, programetes dedicados aos artistas nordestinos, entre outros momentos, os ouvintes puderam desfrutar um pouco do grande legado deixado por esse ícone do nosso forró.
Antônio Barros morreu na manhã desse domingo (6), no Hospital Nossa Senhora das Neves, onde estava internado desde o dia 26 de janeiro. O cantor e compositor sofria de Parkinson e estava internado por complicações da doença. Ele foi enterrado no final da tarde de ontem no Cemitério Parque das Acácias, em João Pessoa.
A despedida do artista paraibano, que morreu aos 95 anos, foi repleta de homenagens de amigos e familiares. Durante o velório, familiares, amigos e admiradores da obra do cantor e compositor compareceram para fazer homenagens, cantando composições dele, como 'É Proibido Cochilar' e 'Bate Coração'. Artistas como Alcymar Monteiro e Jorge Altinho estiveram no velório de Antônio Barros.
Na Rádio Tabajara Antonio Barros e Ceceu foram homenageados num programa especial veiculado no dia 30 de setembro de 2017, ao vivo, pelas ondas da 105.5 FM. Conduzido por Jamarri Nogueira, o programa contou também com as presenças de Sandra Belê, Ely Porto e o grupo Os Fulano. O Palco Tabajara, na época Palco 105, em 23 de janeiro de 2018, também contou com a participação dos dois grandes nomes do forró, donos das composições mais tocadas e regravadas por demais colegas artistas da música nordestina.
Vida e obra
Nascido em 1930 em Queimadas, Antônio Barros começou a compor na década de 1950. Após se mudar para Campina Grande, 20 anos depois, ele conheceu Mary Maciel Ribeiro, a Cecéu.
Ao lado de Cecéu, companheira dele na vida e na música, a dupla compôs vários sucessos que ganharam o mundo nas vozes de Elba Ramalho, Fagner, Luiz Gonzaga, Gilbero Gil, Ney Matogrosso, entre outros artistas. Foram mais de 700 músicas, entre as principais estão 'Homem com H', 'Bate Coração' e 'Procurando Tu'.
"Em 1930 não conhecia nada, não sabia que o mundo era redondo. Fui para Campina Grande, ficamos lá até minha vivência de adulto, fui para recife, e a partir daí começou minha vida profissional", disse o compositor em uma entrevista concedida ao g1 em 2020, quando completou 90 anos.
"Estava escrito nas estrelas, porque aos meus nove anos eu estudava no colégio São Vicente de Paulo e já ia cantando música de Antônio Barros. Em 1971, quando nos conhecemos, ficamos sete meses conversando, e Antônio voltando para o Rio, passou esse tempo lá, quando voltou ele disse para nos unir e fazer uma dupla, porque eu já tinha alguns trabalhos feitos. Eu disse: topo", contou Cecéu em 2020.
Segue abaixo link dos programas especiais com a passagem de Antonio Barros pelos microfones da emissora:
Programa Especial 30/09/20217 PARTE 1
Patrimônio cultural imaterial da Paraíba
Em junho de 2021, a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) aprovou uma lei que tornou a obra de Antônio Barros e de Cecéu como patrimônio cultural imaterial do estado.
A Lei 11.900, de autoria da então deputada Estela Bezerra, foi sancionada pelo governador João Azevêdo no dia 24 de junho daquele ano, dia de São João.
A lei considera “Patrimônio Cultural” todos os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, em conformidade com o art. 216 da Constituição Federal.