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Na Tabajara Titá Moura fala de composições na pandemia

No Jornal Estadual desta quarta-feira, 17, o cantor e compositor paraibano, Titá Moura conversou com as apresentadoras Beth Menezes e Rayo Miranda sobre as composições produzidas deste tempo de pandemia. Ele começou falando da lacuna deixada pela falta das festas carnavalescas e da música ‘Batom na retina’, resgatada e atualizada neste momento, retratando um pouco dos sentimentos de foliões e artistas, diante da ausência do Carnaval de 2021 e as esperanças para o ano que vem.
“Antes de me abater enquanto artista, eu me abati como folião, porque eu nasci no carnaval e desde que iniciei na carreira de cantor profissional, entre os 15 e 16 anos, que celebro meu aniversário tocando no carnaval. Então tinha uma relação muito intensa dessa apoteose de festividades, de alegria. Foi estranho atravessar esse momento”, pontuou.
Mesmo diante dessa apatia pela não realização das festas de carnaval, Titá ressaltou a importância de compreender e saber vivenciar esse momento. “Entendemos que é importante também guardar esse sentimento do carnaval para que ano que vem todo mundo, seguro e vacinado, a gente consiga ter uma festa segura, planejada”, disse.
E, segundo Titá, carnaval é essencialmente memória e ele ressignificou tudo isso fazendo canções, inclusive carnavalescas. Uma das músicas que nasceu de toda essa inquietação do artista sobre esse período de carnaval foi a composição ‘Batom na retina’.
“Semana passada, ás vésperas do adiado carnaval, próximo ao meu aniversário, vasculhei a internet procurando essa composição que fiz para concorrer num Festival de Marchinhas de Carnaval, promovido pela prefeitura de João Pessoa, há alguns anos atrás. Não lembrava mais da letra. Então, parti do título para fazer uma atualização no tempo, contando o que seria o ‘Batom na retina’ nesse momento sem carnaval”, contou.
Em um dos trechos da canção, Titá diz: “Esse ano não combina, com Pierró, nem Colombina, nem feitiço na latinha, nem confete e serpentina. To achando fevereiro mó sujeira, mês inteiro meio quarta-feira de cinzas. Minha carne de carnaval sem tutano, avenida com blocos de milicianos. Mas moça bonita passa um batom na retina, que esse tempo desafina, mas ainda vai dar em samba, lança perfume de utopias...”
Todos os detalhes da entrevista estão na transmissão ao vivo do programa no facebook da Rádio Tabajara. Confira no link abaixo: