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Na Tabajara: cientista político analisa votação no senado

publicado: 02/02/2021 14h59, última modificação: 02/02/2021 15h49

No Fala, Paraíba desta terça-feira, 02, os apresentadores Ivyna Souto e Petrônio Torres entrevistaram o cientista político Gonzaga Júnior, que avaliou a votação que aconteceu ontem na Câmara dos Deputados e no Senado, elegendo os novos presidentes das mesas para o biênio 2021-2022. Arthur Lira (PP) foi eleito presidente da Câmara Federal e Rodrigo Pacheco (DEM), do Senado. As duas votações aconteceram de forma presencial e os dois eleitos, que integram o chamado ‘centrão’, tiveram apoio do presidente Jair Bolsonaro.

Questionado sobre quem de fato saiu vitorioso nessa votação, o cientista político foi enfático em afirmar que entre os anseios do presidente da república e do 'centrão', quem ganhou com esses nomes no Congresso Nacional foram os parlamentares que compreendem os partidos de centro. De acordo com Gonzaga Júnior, esse é o cenário, apesar do apoio de Bolsonaro e do comprometimento estabelecido entre governo e parlamentares, com o troca troca de cargos e liberação de emendas.

“A princípio podemos dizer que há uma vitória do presidente Jair Bolsonaro, mas o 'centrão' age e opera por interesses próprios. A depender do andamento, das respostas que o governo possa dar a sociedade e da temperatura das ruas, dada às crises que estamos vivenciando, o 'centrão' passa a agir de acordo com cada situação. Então, hoje, o presidente sai vitorioso, o 'centrão' muito mais, porque ele além de eleger na Câmara dos Deputados, ele começa a negociar também muito mais espaços no governo”, disse.

Sobre os reflexos dessa eleição no Congresso Nacional para as próximas eleições, segundo Gonzaga, há um problema cultural na política brasileira que é a ideia de independência dos poderes. “Embora hoje não haja a possibilidade, pela composição que temos na Câmara, por mais que Rodrigo Maia sinalize a abertura de um processo de impeachment contra o presidente da república, dificilmente Jair Bolsonaro seria impedido, porque ele tem uma  maioria no Congresso e a prova disso foi toda a articulação feita para a eleição de Arthur Lira”, pontuou.  

A entrevista completa pode ser acessada no link abaixo

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