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Covid 19: Agevisa recomenda cuidado com manuseio do lixo

publicado: 12/06/2020 14h58, última modificação: 12/06/2020 14h59

Os resíduos sólidos (recicláveis ou orgânicos) produzidos nas residências durante a pandemia ocasionada pelo coronavírus devem ser acondicionados e dispostos para destinação obedecendo-se cuidados especiais para garantir a segurança da saúde das famílias e também dos profissionais dos serviços públicos encarregados da coleta diária do lixo. Tais cuidados, segundo a diretora-geral da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa/PB), Jória Viana Guerreiro, devem ser redobrados pelas pessoas com suspeita ou confirmação de infecção pela Covid-19, assim como por seus familiares ou pessoas responsáveis por lhes prestar assistência. Há recomendação, nesses casos, de que os resíduos recicláveis não sejam entregues aos catadores, para não comprometer a saúde dos mesmos.

Os cuidados com o lixo doméstico em caso de suspeita da Covid-19 foram destaque na edição desta semana do Momento Agevisa, que vai ao ar dentro da programação do Jornal Estadual da Rádio Tabajara (AM-1110 e FM-105,5). Através do informativo radiofônico, a gerente-técnica de Inspeção e Controle de Sangue e Hemoderivados da Agevisa/PB, Vívian de Oliveira Lopes, informou que “nas residências onde haja suspeita ou confirmação de pessoas infectadas pelo coronavírus, todo o lixo passa a ser considerado comum, não havendo, portanto, a possibilidade de separação de material para reciclagem” e orientou sobre o protocolo de segurança que deve ser seguido nestes casos.

Dentre os cuidados especiais destacados pela gerente-técnica da Agevisa estão:

  • Separação e acondicionamento dos resíduos sólidos em sacos de lixo impermeáveis e constituídos de material resistente a ruptura e vazamento;
  • Fechamento do saco de lixo (com lacre ou por meio de nó) quando este contiver material ocupando dois terços de sua capacidade (para garantir sua integridade e a guarda do seu conteúdo);
  • Introdução do primeiro saco com o lixo em um segundo saco limpo (também constituído de material impermeáveis e resistente a ruptura e vazamento) identificado com o alerta: “CUIDADO! RESÍDUO INFECTANTE – COVID-19”, e, por fim,
  • Guarda do material em coletores preferencialmente com tampa de acionamento por pedal, para posterior encaminhamento para coleta de resíduos sólidos urbanos.

No caso das residências localizadas em condomínios, Vívian Lopes disse ser necessário informar aos síndicos, assim como aos funcionários responsáveis pelas medidas de segurança e higienização dos coletores, sobre a origem dos resíduos gerados por pessoas com suspeita ou confirmação de infecção pela Covid-19. Em todas as situações, segundo ela, é importante observar e obedecer os limites de peso estabelecidos para os sacos de acondicionamento de resíduos sólidos.

Tal cuidado, conforme Vívian Lopes, é importante para garantir que os sacos de lixo sejam fechados com facilidade, e ainda que os mesmos permaneçam íntegros, protegendo-se, dessa forma, a saúde dos trabalhadores da limpeza pública; das próprias pessoas das casas ou dos condomínios encarregadas de levar o lixo para fora, a fim de que o mesmo seja coletado, e também dos recicladores de lixo (homens e mulheres) que buscam nesta atividade o sustento de suas famílias.

Desinfecção importante – Através do Momento Agevisa, a agência reguladora estadual destacou como ação igualmente importante contra a proliferação da Covid-19 através do manuseio do lixo doméstico o ato de borrifar os sacos de lixo já lacrados com solução desinfetante à base de água sanitária ou de álcool a no mínimo 70%, por exemplo, antes de destiná-los para recolhimento. Tal cuidado, de acordo com Vívian Lopes, é importante para eliminar os vírus que porventura possam ter escapado durante a guarda dos resíduos sólidos nos citados recipientes.

Proteção individual – Cuidados ainda mais especiais devem ser adotados em relação aos materiais de proteção individual como máscaras, luvas e lenços descartáveis, que devem ser acondicionados em sacos específicos devidamente lacrados, identificados e também borrifados com solução desinfetante. “É importante não esquecer também de usar máscara e luvas na hora de manusear o lixo, tanto no acondicionamento do mesmo nos sacos apropriados quanto na desinfecção e encaminhamento dos volumes para o devido recolhimento”, acrescentou a gerente-técnica de Sangue e Hemoderivados da Agevisa/PB.

Quanto aos profissionais responsáveis pela coleta de lixo, ela disse ser importante que os mesmos exijam dos seus empregadores o fornecimento dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) necessários à proteção de sua saúde. “Tal exigência deve ocorrer em todas as épocas, e não apenas neste período de ameaça pelo coronavírus”, enfatizou.

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