Notícias

‘Crônicas da Cidade’ do jornalista Carlos Pereira serão publicadas em livro

publicado: 07/10/2021 12h41, última modificação: 13/10/2021 10h05
Design padrão Rádio (41).jpg

As ‘Crônicas da Cidade’ do jornalista, engenheiro e administrador público, Carlos Pereira já estão há mais de 20 anos no ar dentro do Jornal Estadual, da Rádio Tabajara (AM 1.110 e FM 105.5). E, ainda este ano, essas histórias diárias estarão publicadas num livro. “Pretendo lançar o meu primeiro e, talvez, o único livro ainda este ano. Está quase pronto e deverá conter umas 300 crônicas”, disse.

Carlos começou a escrever em jornal, no antigo e já extinto Correio da Paraíba, na década de 1960, sob o pseudônimo de Ari Stotteles, crônicas sobre esportes. Sua carreia profissional iniciou num episódio relembrado por ele quando cumpria seu expediente noturno na redação como noticiarista, ou, como ele reporta, um aprendiz de redator.

Naquela noite receberam a visita de um adolescente que pedia dinheiro para comer porque, naquela hora, tinha tomado apenas uma xícara de café e comido um pão com manteiga. O menino, em prantos, rezava para Deus levá-lo para o céu porque "lá, não se passa fome". Carlos conta que naquele momento não havia nenhum redator presente e o secretário da redação, apontado como o saudoso mestre Eurípides Gadelha, o incumbiu de anotar o nome e os detalhes do menino órfão, a fim de alguém escrevesse aquela triste história.

Foi aí que após uma demorada conversa com o garoto e um lanche oferecido para aliviar um pouco daquela fome, o então noticiarista, ousadamente, sentou na cadeira do redator, usou a máquina de datilografia à sua frente e escreveu aquela história num texto aprovado e publicado na terceira página do jornal, com chamada na capa e uma grande repercussão, que resultou na sua promoção a redator.

“Já a minha chegada no rádio foi na década de 1950, ainda adolescente, como repórter esportivo de pista e sem poder falar no microfone da rádio Arapuan de João Pessoa”. A emissora de prefixo ZYX-2 funcionava na Praça Aristides Lobo, no centro da cidade. Segundo Carlos, a audiência, na grande João Pessoa, rivalizava com a poderosa PRI-4, Rádio Tabajara da Paraíba, de propriedade do Governo do Estado, cuja sede era no final da avenida Rodrigues de Aquino (rua da Palmeira), perto da praça João Pessoa.

Junto a outros estudantes, os colegas Josias Figueiredo (hoje, juiz aposentado do TRT) e Humberto Mesquita (hoje, jornalista e escritor em São Paulo), ele montou o departamento esportivo da Arapuan. “Cobrimos todos os campeonatos e aí me inaugurei como comentarista de futebol. Nisso, começamos a fazer, nas segundas-feiras, à noite, um programa diferente, com entrevistas ao vivo com jogadores e dirigentes de clubes”, contou.

Segundo ele a programação teve muita audiência, fator que abriu portas para que ele fosse convidado para a Rádio Tabajara. Já na emissora estatal, no governo João Agripino, dirigida pelo jornalista José Souto, passaram a fazer ‘No Meio do Campo’, às segundas feiras, logo após a Hora do Brasil. O programa contava com a participação dos jornalistas Severino Ramos (in memorian) e Marcondes Brito (hoje, jornalista em São Paulo).

“E, como eu já tinha passado do Correio para o jornal O Norte, onde escrevia uma crônica semanal, não necessariamente sobre esportes, fui instado a escrever essa crônica na Tabajara. Praticamente, teve início nesse tempo, a ‘Crônica da cidade’", disse. Hoje, já são quase mil crônicas escritas, publicadas em jornais e gravadas para a Rádio Tabajara.

“Creio que comecei a fazê-lo pela Rádio, há mais de 20 anos, dentro do Jornal Estadual, pela manhã, e reproduzidas na programação vespertina. Estendi esse meu olhar e as teclas do computador para muitas outras cidades - da Paraíba, do Brasil e até da América Latina, Estados Unidos Europa e até da China - por onde andei ao longo desta vida longa e tão boa de viver”, completou.

CONFIRA AS CRÔNICAS DE CARLOS PEREIRA NO LINK ABAIXO:

CRÔNICAS DA CIDADE

registrado em: