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ÁGUIA MENDES DIZ QUE FESTIVAL EVIDENCIARÁ NOVOS TALENTOS

publicado: 23/10/2017 19h30, última modificação: 26/10/2017 13h42

O poeta paraibano Águia Mendes é uma figurinha carimbada em festivais de música realizados na Paraíba. Parceiro profícuo de Paulo Ró (do Jaguaribe Carne), ele participou de diversas do MPB-Sesc, por exemplo.

‘Ao rés de mim’, poesia de Águia Mendes musicada por Paulo Ró, foi finalista do XII Festival MPB Sesc – Paraíba, em 2002. Em 2006, ele participou de outra edição do mesmo festival com a canção ‘Roque da andorinha’ (em parceria com Darlan Nascimento).

Novamente, Águia Mendes está todo animado frente ao universo de possibilidades do Festival de Música da Paraíba, que inscreve somente até o dia 31 de outubro. Ele ficou maravilhado com a dimensão do evento e ansioso pelas revelações culturais do festival.

Águia Mendes, poeta e autor paraibano, publicou pela primeira vez em 1976 uma série de poemas nas páginas do “Correio das Artes”, desde então, o pessoense nos inspira com a sua poesia.

Ao longo da carreira, participou de várias antologias, inclusive uma internacional, arte essa que reverbera até no âmbito musical que já vem rendendo parcerias com importantes compositores locais.

A cena atual da música na Paraíba – diz Águia Mendes - particularmente aqui na capital, anda muito bem obrigado. Abaixo, veja a entrevista concedida pelo poeta:

 

- O Festival de Música da Paraíba vai proporcionar que o compositor e musicista paraibano mostre a sua arte. Como você enxerga essa nova cena musical e qual é a importância de um Festival como esse para os artistas da terra?

A cena atual da música na Paraíba, particularmente aqui na capital, anda muito bem obrigado. Tem muita gente nova, muita gente boa. Uns já consolidados, outros ainda por se firmar. Estou certo que para muita gente esse Festival vai ser uma espécie de Cristóvão Colombo da música. Um terra à vista.

 

- Águia, como foi o seu primeiro encontro com a poesia?

Ainda na infância, por obra e graça do meu pai que era um poeta bissexto, o que quer dizer que ele não fazia da poesia um ofício, mas tão-somente um prazer momentâneo, talvez para se afirmar diante da namorada, aquela que veria a ser tempos depois a minha mãe. Ele gostava de ler e de recitar poetas clássicos brasileiros, principalmente os que fizeram a sua geração. Entre os autores preferidos estavam Castro Alves, Augusto dos Anjos, Raimundo Correia e Olavo Bilac. Esses recitais acabaram por influenciar o meu gosto pela poesia e pelas artes de um modo geral.

 

 

- Você possui também uma vertente musical muito forte. Qual é a relação entre a poesia e a composição de uma música? Elas se relacionam?

Poesia e música são irmãs siamesas, ambas estão sempre ali muito bem juntinhas. Uma mais propensa à introspecção, ao silêncio; a outra, como não podia deixar de ser, sempre inclinada à vocalização e à instrumentalização.

- Quais são os seus autores nordestinos favoritos e o quanto eles influenciaram o seu trabalho?

Vou citar apenas quatro autores nordestinos cujas obras foram de uma certa forma importantes para a construção da minha poesia: Manuel Bandeira, João Cabral de Melo Neto, Mauro Mota e Jorge de Lima.

- Como foi participar de uma antologia de nível internacional?

Estar selecionado numa antologia onde estão grandes poetas, sempre nos deixa uma agradável sensação. Uma comprovação de que a sua poesia está sendo reconhecida.

 

Erick Marques